O alagamento que interditou o km 286,7 da rodovia Régis Bittencourt na última segunda-feira (22) e provocou quase 30 quilômetros de congestionamento foi tema central da sessão da Câmara de Itapecerica da Serra nesta terça-feira (23).
O vereador Mauro Cavalheiro apresentou requerimento (veja aqui) pedindo explicações sobre um empreendimento instalado na área, apontado como responsável direto pelo alagamento. Segundo ele, a obra estaria sendo realizada sem alvará de movimentação de terra, o que teria agravado com o impacto das chuvas.
“Esse empreendimento faz fundo com a rua Nova York e lateral com a rua Montevidéu, no Parque Paraíso, e inicia na Régis Bittencourt. Ontem (segunda-feira) vimos o descaso com nossa cidade. Foram quase 30 km de congestionamentos, a cidade parou, a rodovia ficou paralisada. Até onde sei, não existe alvará para a movimentação de terra e máquinas atuarem ali”, afirmou Cavalheiro. O parlamentar também defendeu maior rigor na fiscalização: “Se preciso, que haja apreensão do maquinário.”
O vereador Vicente Tinho reforçou as críticas, informando que equipamentos já foram apreendidos no local e que árvores nativas estavam sendo suprimidas. “Inclusive estavam suprimindo araucárias”, destacou. Um boletim de ocorrência foi registrado em janeiro sobre a situação.
Já o vereador Giba classificou o episódio como uma tragédia anunciada. “Tinha sido embargado no passado, deram multa, parou e, realmente, foi liberado? Antes que aconteça o pior, pare, resolva, e que os responsáveis respondam”, alertou.
Mauro Cavalheiro voltou a frisar a gravidade do caso, afirmando que “o que está acontecendo ali é um crime”.
Além do alagamento, moradores também reclamam da poeira e do barro gerados pela movimentação de terra no empreendimento. Os vereadores pedem providências urgentes com aplicação de multas e fiscalização permanente para evitar que novos episódios prejudiquem a mobilidade e a segurança da população.

 

 

Foto CMIS