O prefeito Daniel Bogalho anunciou, durante a entrega de vinte novos ônibus, que, dentro de dois meses, deve começar a fase de testes na Avenida Aprígio Bezerra da Silva, antiga Rodovia Régis Bittencourt. Inicialmente, a mudança será nos semáforos: apenas dois permanecerão ligados — o do Shopping Taboão e o próximo ao São Judas, na altura do Cemitério Vale dos Reis. Ao todo, doze semáforos foram instalados após a municipalização da BR-116, realizada na gestão anterior. Essa quantidade foi considerada excessiva por muitos moradores, que reclamam da lentidão no trânsito e do aumento na ocorrência de crimes, facilitados pelos veículos parados.
“Qual é a minha ideia hoje? Manter dois semáforos na avenida: o do Shopping Taboão e o último no São Judas, próximo ao Cemitério Vale dos Reis. Os demais semáforos não serão retirados, mas apenas desligados, e faremos uma fase de testes. Se der certo, se a população e os funcionários do transporte aprovarem, e se isso melhorar a situação para todos, manteremos assim. Caso contrário, faremos novos estudos para encontrar o ideal para nossa cidade”, explicou Daniel em coletiva de imprensa na última segunda, 13/1.
O prefeito também destacou que havia assumido compromissos em relação à antiga BR-116 durante sua campanha eleitoral e que agora pretende colocá-los em prática. “Faremos um estudo e apresentaremos um projeto para a população. Isso inclui analisar o corredor de ônibus — precisamos entender se ele realmente está facilitando a vida dos moradores. Alguns motoristas respeitam as regras, outros não. Mas será que, com essa quantidade de semáforos, os ônibus conseguem ganhar velocidade? Estamos desenvolvendo estudos para, no máximo em dois meses, iniciar os testes na cidade”, afirmou.
Sonho de devolução da rodovia
Daniel revelou que seu maior sonho é devolver a administração da BR-116 ao Governo Federal, embora reconheça que essa é uma tarefa difícil. “Isso se deve, principalmente, ao custo. A cidade não tem condições de arcar com as despesas geradas pela antiga Régis. Falo isso com conhecimento de causa, especialmente agora que tivemos acesso às contas públicas. Toda vez que criamos uma despesa sem uma nova arrecadação, fica complicado. Meu sonho é devolver a BR. Alguns políticos prometeram ajudar nisso, e estou cobrando deles”, enfatizou.
Ele também destacou que a solução depende de vontade política. “Juridicamente, não conseguimos resolver a situação. Acho que isso só será resolvido com boa vontade política”, concluiu.