O fechamento de especialidades no Hospital Geral do Pirajuçara completou um pouco mais de uma semana. Pacientes, como o pequeno Alex Martins de onze anos, ficaram sem atendimento. No caso dele, a necessidade é da fisioterapia neuro. As dificuldades relatadas por Crisleine Alves, a mãe do garoto demonstram a situação precária da saúde pública e a tristeza dela, que já pensou em desistir, mas segue firme por um atendimento digno para seu filho amado.
 
Crisleine relatou ter ficado sem encaminhamento para as sessões, se sente enganada em relação a cirurgia que seu filho precisa ser submetido no pé e, a falta de informação em relação a retirada dos parafusos no outro pé que já foi operado. Além de afirmar que somente um pé de Alex foi operado, apesar de ter sido solicitado pelo médico a operação dos dois. "Solicito avaliação anestésica para alongamento e transferências musculares de musculatura na perna bilateral para a correção dos dois pés", afirma guia médica do dia 6 de agosto do ano passado.
 
"Meu filho sofre de dores. Um médico disse que meu filho seria operado e que a data estava em uma agenda no carro dele. Não me mostrou no sistema ou me deu algum papel. A diretora do Hospital afirmou que a operação vai acontecer, mas não tenho informações", reclamou. 
 
Em nota a secretaria de saúde do estado de São Paulo informou que Alex tem retorno com especialista em março. E afirma que Alex já fez cirurgia num dos pés em 2020 "e o procedimento no outro pé será programado com base em indicação médica e a família será orientada", demonstrando dessa maneira, que a cirurgia não está marcada.
 
Crisleine precisou ir pelo menos duas vezes no Hospital para conseguir a guia de encaminhamento para as sessões da fisioterapia. "Cheguei a ir na UBS mas me informaram que sem encaminhamento não podiam marcar as sessões. Então voltei no Hospital para pedir para o médico", disse. A última sessão de fisioterapia aconteceu no dia 4 fevereiro, as sessões serão feitas na UBS Pinheirinho em Embu das Artes, a partir do dia 22 de fevereiro.
 
Ainda segundo a secretaria consultas e procedimentos eletivos (não urgentes) "têm sido agendados com base em avaliação caso a caso, dependendo da orientação médica e do quadro do paciente".
 
Foto divulgação saude.gov.br