A Prefeitura de Embu das Artes realizou nesta quarta-feira (3) uma operação para desocupação de uma área de preservação ambiental no Parque da Várzea. O objetivo foi impedir o avanço de construções ilegais que vinham crescendo rapidamente e ameaçavam não apenas o meio ambiente, mas também a segurança das famílias instaladas no local de forma irregular.

De acordo com a administração municipal, permitir a consolidação da invasão poderia gerar graves impactos, como aumento do risco de enchentes, degradação ambiental e queda na qualidade de vida da população. A preocupação não se restringe ao Parque da Várzea: regiões como Branca Flor e São Marcos, em Itapecerica da Serra, também vêm registrando ocupações aceleradas, o que reforça a necessidade de ações firmes de contenção.

A gestão de Hugo Prado afirma que reconhece o direito à moradia digna, mas defende que ela deve ser conquistada dentro da legalidade. Nos últimos anos mais de 16 mil pessoas foram atendidas em programas habitacionais, como o conjunto do FAMA, e novos cadastros para moradias populares são feitos periodicamente.

Já os ocupantes da área alegam que não receberam aviso prévio sobre a desocupação. Muitos afirmam ter perdido bens materiais durante a ação e relatam não ter para onde ir após a retirada. No final da tarde, dezenas de famílias participaram de uma manifestação em frente à Prefeitura de Embu das Artes para protestar contra a medida.

Segundo relatos, o ato foi pacífico, mas chegou a bloquear o trânsito no centro da cidade, exigindo a presença da Polícia Militar para liberar a via.

A gestão municipal destacou que continuará atuando para coibir invasões e recuperar áreas públicas e de preservação, garantindo que esses espaços se mantenham protegidos e possam servir de oportunidade e orgulho para a cidade.