A madrugada desta sexta-feira (19) foi marcada por momentos de tensão no Morumbi, bairro nobre da Zona Sul de São Paulo. Um grupo de criminosos invadiu residências na região e, durante a fuga, entrou em confronto com a Polícia Militar. Moradores relataram medo e apreensão diante da troca de tiros registrada pelas câmeras de segurança. Dois suspeitos foram presos.
Segundo a polícia, os ladrões usaram uma creche municipal localizada na divisa com a Vila Sônia como ponto de acesso para tentar invadir um condomínio fechado. A movimentação chamou a atenção de vizinhos, que acionaram as autoridades.
Durante a ação criminosa, moradores de duas casas foram feitos reféns. Em um dos casos, o sequestro se estendeu até por volta das 7h, quando equipes da PM conseguiram libertar a vítima e prender o assaltante.
O caso foi encaminhado ao 89º Distrito Policial, que investiga a participação de outros envolvidos na tentativa frustrada de assalto.
Foto divulgação
Na tarde da última sexta-feira (19), policiais militares do 2º Pelotão de Força Tática flagraram dois homens armados durante patrulhamento na Rodovia Régis Bittencourt, em Itapecerica da Serra.
Segundo a Polícia Militar, a equipe realizava rondas quando avistou um veículo prata com características semelhantes a um automóvel suspeito de participação em roubos de carga na região. Ao se aproximarem, os agentes notaram que o condutor tentou esconder algo embaixo do banco.
Na abordagem, nada de ilícito foi encontrado na revista pessoal. No entanto, durante a busca no interior do carro, os policiais localizaram duas armas de fogo:
- uma pistola Taurus calibre .380, registrada como perdida por um policial penal do Paraná;
- uma garrucha Rossi calibre .22.
Diante da ocorrência, os dois suspeitos foram levados ao Distrito Policial Central de Itapecerica da Serra, onde o delegado de plantão registrou boletim de ocorrência por porte ilegal de armas.
O caso segue sob investigação.
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, nesta quinta-feira (18), uma mulher apontada como suspeita de participar do assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, ocorrido na última segunda-feira (15), em Praia Grande, litoral paulista. Segundo as investigações, ela teria sido responsável por transportar um fuzil que foi utilizado pelos criminosos durante a execução. Quatro suspeitos foram identificados e são considerados foragidos.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou a relevância da prisão: “É uma questão de honra para nós deter todos os envolvidos nesse crime brutal contra o delegado. Embora aposentado, todos sabemos que ele foi um dos que mais enfrentaram diretamente o crime organizado.”
De acordo com a apuração, a jovem de 25 anos teria levado a arma da Baixada Santista até a região do ABC Paulista, onde entregaria o armamento a uma pessoa ainda não identificada. Após a constatação dos fatos, a Justiça decretou sua prisão temporária, cumprida pelos investigadores. O celular da suspeita foi apreendido e passará por perícia.
A diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, informou que, embora o destinatário do fuzil ainda não tenha sido identificado, a detida forneceu outras informações relevantes que estão sendo analisadas.
As autoridades já haviam identificado outros quatros envolvidos no crime. Na quarta-feira (17), equipes do DHPP, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e da Seccional de Praia Grande cumpriram oito mandados de busca em endereços ligados a Flávio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva. Eles não foram localizados e são considerados foragidos. Materiais apreendidos nos locais foram encaminhados para perícia.
O atual delegado-geral, Artur Dian, apontou as linhas de investigação sobre a motivação do crime: “Pode estar relacionada às investigações complexas das quais o ex-delegado-geral participou, incluindo prisões de lideranças do crime organizado, ou a questões de sua atuação mais recente, como secretário de Administração de Praia Grande, função na qual cabia a ele autorizar ou não determinados contratos.”
Com informações SSP-SP e foto divulgação
A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (19) Diego Fernandes de Souza, conhecido como Minotauro, durante uma operação na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista. Aos 40 anos, natural de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, ele é apontado pelas autoridades como o maior assaltante de residências do estado.
Histórico criminal
De acordo com a polícia, Minotauro acumula antecedentes por porte ilegal de arma, roubos e furtos, com foco em imóveis e condomínios de alto padrão. Seu nome aparece em pelo menos 14 inquéritos instaurados desde 2016, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Em entrevista, o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, ressaltou a importância da prisão. “Ele é o maior bandido que conheço, o ladrão número 1 de São Paulo, o maior do Brasil. Minotauro tirou meu sono por anos”, afirmou.
O delegado Fábio Sandrin, responsável pelas investigações, destacou a violência empregada pelo criminoso. “Ele amarrava as vítimas e agredia. Mesmo quando não estava presente, coordenava a execução dos assaltos com seus comparsas”, explicou.
Impacto esperado
Para o delegado do Deic, Clemente Calvo Castilhone Júnior, a prisão deve refletir diretamente na redução dos índices de roubos a residências na capital. “Com certeza a prisão do Minotauro vai desmantelar a quadrilha e reduzir os crimes desse tipo em São Paulo, especialmente nas áreas próximas a Paraisópolis”, avaliou.
Obras de arte recuperadas
Na ação desta sexta-feira, policiais da 4ª Delegacia do Patrimônio do Deic apreenderam 20 obras de arte escondidas em outro imóvel da comunidade. Entre elas, dois quadros de Alfredo Volpi, avaliados em cerca de R$ 6 milhões. O morador da casa onde estavam guardadas as peças também será preso por receptação.
“Foram localizados 20 quadros. Dois deles avaliados em R$ 3 milhões cada. As obras estavam na comunidade, em imóvel usado pelo criminoso”, explicou o delegado Sandrin.
Ligação com tentativa de assalto no Morumbi
A polícia também investiga se Minotauro esteve envolvido na tentativa de assalto a um condomínio de luxo no Morumbi, na madrugada desta sexta-feira. O crime foi frustrado com a chegada da Polícia Militar, acionada por moradores.
Câmeras de segurança registraram a ação. Segundo o delegado Castilhone Júnior, a prisão deve ajudar a esclarecer a participação do suspeito.
“Alguns criminosos que estavam no local já tinham atuado em outras ações comandadas por ele. Agora poderemos confirmar se Minotauro também estava nesse ataque”, disse.
Mentor de quadrilhas
Segundo as investigações, Diego passou a agir nos bastidores, coordenando as quadrilhas que executavam os roubos.
“Ele sabia que era procurado e evitava sair. Mas seguia planejando crimes e, quando o alvo ficava próximo, participava das ações”, explicou Sandrin.
Texto com informações e foto SSP-SP
Desde a última terça-feira (16), milhares de detentos do regime semiaberto em São Paulo foram beneficiados pela saída temporária de presos, conhecida como saidinha, autorizada pela Justiça. O período segue até 22 de setembro, quando eles deverão retornar às unidades prisionais.
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), a saidinha faz parte do calendário anual estabelecido em cumprimento à Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984), que permite até cinco autorizações por ano para presos que atendam aos requisitos legais, como bom comportamento e cumprimento mínimo de pena.
Contexto legal
As saídas temporárias são destinadas a presos do regime semiaberto e não contemplam condenados por crimes hediondos ou reincidentes específicos. O benefício tem como objetivo favorecer a reintegração social e a manutenção de vínculos familiares.
O calendário paulista prevê quatro períodos de liberação em 2025: março, junho, setembro e dezembro. O próximo será nas festas de fim de ano.
Repercussão
O tema volta a gerar debate na sociedade. Enquanto especialistas em direitos humanos defendem a importância da ressocialização, setores da segurança pública alertam para riscos. O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, comentou em entrevista recente:
“É um direito previsto em lei, mas seguimos acompanhando de perto. As polícias atuam em conjunto para reforçar o policiamento neste período, garantindo segurança à população.”
Retorno obrigatório
Todos os presos beneficiados deverão se apresentar novamente até 22 de setembro, data limite estabelecida pela Justiça. O não retorno caracteriza fuga, implicando em sanções legais e regressão do regime.
Saidinha temporária em São Paulo
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Início: 16 de setembro (terça-feira)
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Término: 22 de setembro (segunda-feira)
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Quem tem direito: presos do regime semiaberto com bom comportamento e autorização judicial
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Próxima data: dezembro de 2025 (festas de fim de ano)
