Taboão da Serra celebrou na última quarta-feira, 19 de fevereiro, 66 anos de emancipação político-administrativa. Para marcar a importante data, um culto de ação de graças foi realizado no Cemur. Muito emocionados, Daniel afirmou que se sente honrando por estar como prefeito da cidade e a vice-prefeita, Érica reforçou compromisso para “continuar trabalhando para o bem-estar e o desenvolvimento da cidade”.
“É uma honra muito grande hoje que a cidade de Taboão da Serra faz 66 anos estar aqui como prefeito, tentando fazer a gestão da cidade, dessa cidade, é difícil, mas eu não tenho dúvida que Deus nos deu essa oportunidade e se Deus quiser a gente vai entregar o melhor resultado possível para a população honrando aqueles quase 90.000 votos que depositaram essa confiança na gente”, declarou o prefeito Engenheiro Daniel.
“A união da nossa força é fundamental para o nosso desenvolvimento que queremos para todos que vivem aqui. O Salmo 127, nos lembra de que “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela (Salmos 127:1). Essas palavras nos inspiram a continuar buscando sabedoria para construir entregar o melhor para a população. Foi um momento para renovar as forças e cuidar de uma das cidades mais populosas do Brasil. Agradeço a todos que participaram e reforço o compromisso do nosso governo de continuar trabalhando para o bem-estar e o desenvolvimento da nossa cidade”, afirmou a vice-prefeita, Érica Fraquini.
A celebração contou com a presença dos cantores gospel Yan Dias e Marcelo Gonçalves.
A Polícia Civil segue investigando se o ex-prefeito Aprígio tinha conhecimento da execução do atentado a tiros de fuzil, que foi concluído como forjado pelo Ministério Público e pela corporação policial. O caso ocorreu às vésperas do segundo turno das eleições municipais, em outubro do ano passado. Os investigadores suspeitam que Aprígio não apenas sabia do plano, mas também teria adquirido o fuzil por R$ 85 mil, além de gastar R$ 15 mil na compra de munições usadas no ataque simulado. A reviravolta no caso foi revelada na manhã da última segunda-feira (17/2), durante uma coletiva de imprensa realizada na Delegacia Seccional de Taboão da Serra. A ação foi parte da operação "Fato Oculto", conduzida em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Na época do atentado, Aprígio era prefeito e tentava a reeleição, mas acabou derrotado por Engenheiro Daniel (União Brasil), que venceu por mais de 89 mil votos e desabafou sobre os desfechos da investigação.
Depoimento do delator
Um delator premiado revelou detalhes da suposta trama. Segundo ele, "o ex-prefeito pagou pelo fuzil e seus secretários participaram da negociação, que previa um pagamento de R$ 500 mil para cinco atiradores e comparsas".
"José Aprígio queria contratá-los para ‘dar um susto’ nele mesmo, a fim de chamar a atenção da mídia e impulsionar sua candidatura à prefeitura", afirmou o delator em um trecho do depoimento obtido pela equipe do G1.
Ainda segundo o colaborador, "foi o próprio prefeito quem pediu para que atirassem no vidro do veículo, pois ele e seus secretários acreditavam que os disparos não perfurariam os vidros blindados".
O que diz a investigação
"Não há qualquer indício de que o atentado tenha sido cometido por uma organização criminosa ou por um grupo político rival. Pelo contrário, os elementos apontam que foi orquestrado pelo próprio grupo político de Aprígio, que tentava impulsionar uma candidatura que estava enfraquecida naquele momento", declarou o promotor Juliano Carvalho Atoji.
O delegado-seccional Hélio Bressan reforçou a suspeita de que o plano foi montado internamente. "Por que algumas pessoas estavam tão interessadas em saber o nível de blindagem do veículo? São vários aspectos que nos levam a concluir que havia uma trama. O prefeito vistoriava obras e estava extremamente vulnerável", disse ele.
A Polícia revelou ainda que a blindagem do carro do então prefeito era resistente apenas a tiros de armas de menor calibre, o que pode ter levado os envolvidos a calcular mal a simulação. Confira a dinâmica do crime falso.
Mandados e apreensões
A operação cumpriu dez mandados de busca e apreensão, além de dois de prisão temporária. Durante as buscas na residência de Aprígio, a polícia apreendeu uma quantia significativa de dinheiro em espécie. Segundo a Polícia, os R$ 320 mil encontrados no local não tiveram sua origem comprovada, embora a defesa do ex-prefeito alegue que o valor é lícito.
Durante as buscas, realizadas em endereços ligados a Aprígio, três secretários municipais, um sobrinho e o coordenador de campanha, Hélio Tristão diversos itens, incluindo computadores, celulares, pen drives, chips, HDs e armas foram apreendidos.
Além disso, um homem foi preso temporariamente, enquanto o irmão de Aprígio, Valdemar Aprígio, que também ocupava o cargo de secretário de Manutenção, foi detido em flagrante por porte ilegal de arma e munição.
Ao menos onze pessoas são investigadas pelo suposto atentado forjado. Entre os suspeitos, nove teriam participação direta no crime sob suspeita de associação criminosa e tentativa de homicídio.
A operação mobilizou 45 policiais, com o apoio de 21 viaturas e um helicóptero. "As investigações continuam com o objetivo de esclarecer os fatos e prender os envolvidos", afirmou a Secretaria de Segurança Pública do estado.
Relembre o caso
No dia do atentado forjado, o então prefeito almoçou em uma churrascaria próxima ao local do ocorrido e visitava obras, além dos bairros atingidos pelas fortes chuvas que atingiram a cidade, dias anteriores. A imprensa regional foi previamente convocada para uma coletiva de imprensa na sede da Prefeitura no mesmo dia, mas o evento foi cancelado.
No entanto, um grupo de jornalistas rapidamente chegou na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), para onde Aprígio foi levado logo após o suposto ataque, levantando suspeitas de que a presença da imprensa também fazia parte do plano.
Em nota ao Click Regional, o advogado de José Aprígio afirmou que "Aprígio é vítima, sofreu um tiro com armamento pesado em outubro de 2024 que, por sorte, não ceifou a sua vida.Esclarece que, em relação ao dinheiro apreendido, trata-se de quantia devidamente declarada em seu imposto de renda, e, portanto, de origem lícita. Reitera a sua confiança no trabalho da Polícia Civil e no Ministério Público, e tem certeza de que todos os responsáveis serão devidamente punidos, após o devido processo legal.".
“A partir de hoje, até que as investigações sejam concluídas, não teremos nenhuma relação com qualquer pessoa que tenha participado do grupo político de Aprígio, incluindo o deputado estadual Eduardo Nóbrega. Espero que ele compreenda sua responsabilidade como deputado e não prejudique a cidade. Ele tem o compromisso de destinar R$ 5 milhões para Taboão da Serra, e espero que isso não seja afetado”, declarou Daniel.
O prefeito esclareceu que sua relação com Eduardo Nóbrega será estritamente institucional. “Será uma relação entre prefeito e deputado estadual. No máximo, ele poderá tratar com o secretário sobre emendas para a cidade. Fora isso, não haverá qualquer vínculo até que as investigações sejam finalizadas”, afirmou.
Sobre sua decisão de romper relações, Daniel justificou: “Entendo que ele fez parte do grupo de Aprígio e que todos os membros desse grupo estão sendo investigados. Sendo assim, não caminharemos ao lado dele até que tudo seja esclarecido”, concluiu.
A reportagem do Click Regional procurou a assessoria de imprensa do deputado, mas, até o momento, não recebeu nenhuma resposta sobre as declarações do prefeito.
Justiça feita
A expressão "a justiça foi feita" se encaixa perfeitamente na atual situação política de Taboão da Serra, após a injustiça enfrentada pelo prefeito Daniel e pela vice-prefeita Érica Franquinni. Inocentes e eleitos por mais de 89 mil eleitores, Daniel e Érica receberam com felicidade e alívio a conclusão da Polícia e do Ministério Público de que o ataque a tiros contra o ex-prefeito Aprígio foi forjado. De acordo com Daniel, o grupo de Aprígio espalhou boatos na cidade insinuando que ele e sua vice poderiam estar envolvidos. No entanto, todas essas acusações infundadas foram desmentidas após quatro meses de investigações intensas.
Em coletiva realizada na noite desta segunda-feira (17), Daniel e Érica desabafaram sobre as dificuldades enfrentadas, o sofrimento de seus familiares durante esse período e a sensação de que a justiça finalmente foi feita. O prefeito afirmou que nunca teve dúvidas sobre o desfecho da investigação e que a verdade prevaleceria.
“Para nós, é um alívio saber que o bem sempre vence o mal. Foi absurdo o que tentaram fazer comigo. Sempre tive plena convicção de minha inocência. Nunca tive envolvimento em nada de errado. Foi um momento muito difícil. Tenho dois filhos, um de 4 e outro de 12 anos, que moram e estudam na cidade. Eles ficaram sem ir à escola. Tentaram me associar ao crime sem que eu tivesse direito de resposta. Cheguei a ter dificuldades para sair de casa. Foi um período muito delicado”, declarou.
A expressão "a justiça foi feita" se encaixa perfeitamente na atual situação política de Taboão da Serra, após a injustiça enfrentada pelo prefeito Daniel e pela vice-prefeita Érica Franquinni. Inocentes e eleitos por mais de 89 mil eleitores, Daniel e Érica receberam com felicidade e alívio a conclusão da Polícia e do Ministério Públicode que o ataque a tiros contra o ex-prefeito Aprígio foi forjado. De acordo com Daniel, o grupo de Aprígio espalhou boatos na cidade insinuando que ele e sua vice poderiam estar envolvidos. No entanto, todas essas acusações infundadas foram desmentidas após quatro meses de investigações intensas.
Em coletiva realizada na noite desta segunda-feira (17), Daniel e Érica desabafaram sobre as dificuldades enfrentadas, o sofrimento de seus familiares durante esse período e a sensação de que a justiça finalmente foi feita. O prefeito afirmou que nunca teve dúvidas sobre o desfecho da investigação e que a verdade prevaleceria.
“Para nós, é um alívio saber que o bem sempre vence o mal. Foi absurdo o que tentaram fazer comigo. Sempre tive plena convicção de minha inocência. Nunca tive envolvimento em nada de errado. Foi um momento muito difícil. Tenho dois filhos, um de 4 e outro de 12 anos, que moram e estudam na cidade. Eles ficaram sem ir à escola. Tentaram me associar ao crime sem que eu tivesse direito de resposta. Cheguei a ter dificuldades para sair de casa. Foi um período muito delicado”, declarou.
Para Daniel, o atentado forjado foi motivado pelo desespero político. “As pesquisas mostravam que estávamos à frente, e eu não tinha dúvidas de que o grupo de Aprígio estava envolvido. Incluo também o deputado estadual Eduardo Nóbrega, que foi vice-prefeito de Aprígio”, afirmou.
O prefeito mencionou ainda a caminhada pela paz promovida pelo então governo poucos dias após o suposto atentado. “Ele (ex-candidato a vice) foi até a frente da minha casa fazer a caminhada, dizendo que estavam tentando calar 300 mil moradores e que Taboão da Serra não seria refém de bandidos, me colocando como criminoso. E agora, está aí a prova: quem é o bandido nessa história, eu ou eles?”, questionou.
Daniel espera que a justiça cumpra seu papel e que todos os envolvidos paguem pelo crime cometido. “Eles não cometeram apenas um crime contra mim, mas contra a pátria. Mancharam a democracia do nosso país e tentaram fraudar o sistema eleitoral com essa atitude. Espero que Aprígio seja vítima, assim como eu fui”, disse.
A vice-prefeita Érica Franquinni também desabafou sobre os ataques sofridos. “Na caminhada, disseram que eu era a ‘rainha do crime’ e o Daniel, o ‘rei’. Isso nos abalou muito. Temos família, tenho uma filha. Mas, quando eu saía às ruas, ouvia dos moradores que eles não acreditavam nessas mentiras. Sabiam que somos pessoas do bem. Chorei várias vezes, porque foi um momento muito difícil. Mas, hoje, estou muito feliz. Acredito em Deus e sempre soube que a verdade prevaleceria. Mesmo após vencer as eleições, essa injustiça pesava sobre nós. O que passamos foi extremamente doloroso”, desabafou.
Confira a live completa da coletiva de Daniel e sua vice-prefeita, Érica Franquinni. Foto: Ricardo Vaz / Secom - PMTS